domingo, 20 de maio de 2012


Vamos que vamos...


A economia solidária é movimento que busca contrapor os princípios de produção, comercialização e distribuição de riquezas inerentes ao sistema capitalista, buscando novas relações (sociais, economicas e ambientais) contrárias:

- à alienação em relação ao processo do trabalho como um todo;

- às desigualdades sociais (poder e riqueza na mão de uma minoria, pobreza para a maioria); e 
- aos desequilíbrios ecológicos - visto que grandes corporações tendem a se preocupar mais com o lucro e menos com os danos ambientais que o seu crescimento desenfreado causa. 

como visto, o desenvolvimento territorial busca expandir com base nesta economia solidária, levando em conta que seu crescimento necessita do envolvimento das pessoas: 

- de forma associativista e cooperativista (cada um contribuindo com o seu melhor, com o que é possível dentro de seus parâmetros); 
- participando do processo desde sua implementação até o produto final (propriedade da economia solidária que tem características também do comércio justo); e 
- tendo em mente o equilíbrio ecológico (fator essencial para harmonizar as relações entre pessoas, desenvolvimento territorial e natureza).

Empreender faz parte da condição humana
O conceito de empreendedorismo vem sofrendo constantes inovações. Ainda relacionado a práticas pró-ativas e inovadoras, gradativamente se abandona uma visão reducionista do empreendedorismo associado exclusivamente ao exercício de uma atividade econômica e se passa a lhe associar a qualquer atividade humana; como, aliás, pode-se observar em todas as áreas do saber, que paulatinamente fazem do ser humano sua razão e seu fim. Os empreendedores são encontrados, agora, em casa, na comunidade, dentro de uma organização ou no meio de uma assembléia sindical, ou seja, em qualquer lugar onde existam pessoas. 

Em situações de crise, a presença do empreendedorismo ganha contornos ainda mais fortes, já que a adversidade lhe é um ambiente ainda mais propício de aparição. O cenário global atual aponta, portanto, não só para alternativas econômicas inovadoras, mas, principalmente, para estratégias de promoção do desenvolvimento que estimulem e, de certa forma, dependam do empreendedorismo. Assim o é o desenvolvimento territorial, que, ademais, realiza uma abordagem que parte do local para o global e reforça o planejamento produtivo pela própria comunidade, com aproveitamento das vocações e potenciais locais.